quinta-feira, 22 de abril de 2010

O meu Chico Bento, é muito fofo!!

terça-feira, 20 de abril de 2010
















John Corbett e Chris Noth



Eu confesso que, ao longo da série, sempre preferi o Big. Sempre. O Aidan tinha o mesmo problema que muitos homens que apareceram na minha vida - eram demasiado queridos e com eles tudo era possível. E eu, infelizmente, sempre optei pelo Bigs da vida. Aqueles que traziam sempre consigo uma dose de dificuldades. Não eram de todo bad boys, mas ou viviam do outro lado do mundo, ou andavam sempre de um lado para o outro, ou desapareciam e voltavam a aparecer, ou sei lá mais o quê.

Às vezes olho para trás e penso nos Aidans que eu "desperdicei". Os Aidans que fizeram/fariam tudo por mim e aos quais eu não dei o valor que mereciam. Que me mostraram o amor, não só por palavras, mas, sobretudo, por gestos. Penso nisso e penso no quão tenho sido burra ao longo de toda a minha vida.
A partir de agora vou esquecer os Bigs e abrir os braços para os Aidans desta vida. Afinal de contas, são eles que nos farão verdadeiramente felizes.







*Só para fãs do "Sex and the City".

segunda-feira, 19 de abril de 2010





Toda aquela coisa complicada e sublime do amor na minha cabeça, e ele vem e me dá um apertão simples e grosseiro. Todos os "porquês" mal respondidos, todas as mágoas ainda latentes, e ele vem e amassa todos os peitos, alisa a barriga toda e espreme toda a cintura.


Tanta saudade, tanta tristeza, tanta falta e ele vem e fala baixinho, no meu ouvido, o tanto que precisa, o tanto que quer e o tanto que vai.


Eu acabei de sair de uma desilusão amorosa daquelas de ficar de pijama sujo, se achando feia, preguiçosa e burra. De alugar Woody Allen pra sentir que alguém é parceiro das minhas neuroses. De quase me afogar em filmes românticos. De alugar filme americano burro para conseguir dormir pesado.


De achar que um dia de Sol é uma afronta. De tirar de ouvido as notas tristes de uma música e depois cantarolar em sinfonias de "ais" doídos acompanhados de choros acústicos. De achar que uma janela, separada do chão por uma certa altura, tem seu sentido.


Mas ele não me deixa sofrer em paz, ele não me deixa ser feia, ele não me deixa virar bicho do mato. Ele aparece, sempre cheio das vontades, e me enche de feminilidade, me enche de vontade de ser mulher. E me aperta tanto que quase mata meu antigo amor.


Minha cabeça pede tristeza para velar o defunto, minha alma pede silêncio para viver o luto. A mão dele aperta meus ossinhos da bacia, caminha e pede, implora, para que eu facilite um deslocamento para baixo. Ele encontra seu destino e minha cabeça esquece de encontrar o seu.


Meu coração bate sem vontade, impulsionado pela força dos suspiros fortes de tristeza. De repente agiliza, atropela, explode. É ele que me surpreende sem dar tempo de deixar para depois, sem dar espaço para a força da reação, sem dar som para a voz fraca da minha impossibilidade.


Eu querendo chorar a última piada lembrada, eu querendo doer a última certeza da rejeição, eu querendo passar em claro as últimas sensações de amor zombado e ele, precocemente, me fazendo feliz.


Meu desejo morto, assexuado, traído, quer viver de lembranças, dores e palpitações abandonadas. Mas ele, com força, movimentos persistentes e ânsia inexplicável de tantas mãos, me vence, não pelo cansaço, mas por morte: ele enterra o meu eu apaixonado e faz renascer alguém limpa e virgem de defesas.


Eu te quero branca e você está negra. Eu te quero inteira e você está esmiuçada em pedaços de amor quebrado. Eu te quero vem, vem, vem e você está tão vai, vai, vai. É o que ele me diz sem dizer, porque ele não diz nada para ter mais tempo de fazer. É o que ele me pede sem pedir, porque se ele pedisse dava tempo de eu fugir.


Estou presa pelo prazer dele, estou derrubada pelo peso dele, estou sufocada pelo desejo dele. Não estou em mim e me abasteço de outra vida. Sou sua hospedeira e sugo dele justamente o que ele tem de mais e eu de menos: tesão por mim.
Como são e a hora certa














...Tenho saudades dele. Uma chaminha de reter quer voltar.
Um gelinho de doer quer voltar.
Mas solto, deixo, vai, apago, derreto. As coisas são como são.
Além do que, uma vida pela frente vai me dizer.
Na hora certa.



E então meu I-pod toca Led Zeppelin no último volume e eu
me acabo de gritar e sentir a vida.
Quem diria.
Anos e anos ouvindo todos os namorados me xingarem
porque eu simplesmente odiava essa banda e agora,
do nada, esse amor, essa obsessão. Descobri o cara.
E meu Deus como eu amo ele.
Pelado, louco, com a voz de um anjo tarado.
As coisas são como são. Na hora certa.


E então olho o meu “Grande Sertão” completamente riscado e
eu obcecada pelas citações. E quem diria.
Quem diria.
Ontem mesmo, conversando com vários amigos, eles me disseram
que eu não mais parecia comigo.
Eu pareço eu sim,
mas vou ganhando o mundo quando abro algumas brechas da minha prisão.
E de brecha, vou me ganhando também.
E quase vira o estômago mas sou tomada por uma fome boa
que eu nem sei o nome.
Talvez acreditar assim, sem medo, em algo descontrolado e
de alguma forma justo, seja acreditar em Deus.
Durmo em paz.
Tudo na hora certa.
As coisas são como são.


E quando recebo suas mensagens de texto, ao longe, dizendo
meio que genericamente que deseja tudo de bom e sente saudade,
fico com vontade de perguntar se aquele recado chegou
só pra mim ou foi disparado para toda lista do celular.
Mas me recolho.
Uma minúscula e ainda baixa “vozinha” me diz que além dos
meus textos eu tenho também muitos charmes, graças e belezas.
Além dos meus espinhos eu tenho também muitas flores.
E que sim, eu posso ser amada.
Porque não ter alguém agora, agarrado aos meus pés,
não significa não ser um calo persistente até mesmo em solas curtidas e acostumadas com a corrida.
Descubro coisas terríveis e maravilhosas a respeito do amor.
As coisas são como são.
E na hora certa.


Como diria Milan Kundera “o amor começa por uma metáfora.
Ou melhor: o amor começa no instante em que uma mulher
se inscreve com uma palavra em nossa memória poética”.
Como diria João Guimarães “o que é doideira às vezes pode ser a
razão mais certa e de mais juízo”.
Como diria ou gritaria ou uivaria Robert Plant “Com apenas
uma palavra ela consegue o que veio buscar.

E ela está comprando uma escadaria para o paraíso”.
As coisas são como são. Na hora certa.
E foda-se.

(Tati Bernardi)










































quinta-feira, 15 de abril de 2010

você já me esqueceu...







Vem,


Você bem sabe que aqui é o seu lugar


E, sem você, consigo apenas compreender


Que sua ausência faz a noite se alongar


Vem,


Há tanta coisa que eu preciso lhe dizer


Quando o desejo que me queima se acalmar


Preciso de você para viver


É noite, amor


E o frio entrou no quarto que foi seu e meu


Pela janela aberta onde eu me debrucei


Na espera inútil e você não apareceu


Você já me esqueceu


E eu não vejo um jeito de fazer você lembrar


De tantas vezes que eu ouvi você dizer


Que eu era tudo pra você


Você já me esqueceu


E a madrugada fria agora vem dizer


Que eu já não passo de nada pra você


Você já me esqueceu...






(by: Fernanda Takai)

quarta-feira, 14 de abril de 2010

E depois há aqueles dias..









... em que decidimos arriscar. Fazemos aquilo que há muito tínhamos vontade de fazer, mas para o qual faltava sempre a coragem. Hoje foi um desses dias.
Romain Duris e Kelly Reilly ( filme - Les Poupées Russes)





Uma das coisas boas destes últimos tempos é que eu tenho sido mais eu, sem floreados, sem ser sim, porque fica bem, sem ser não, porque o meu orgulho assim manda.
Pela primeira vez na vida, consegui acabar com as máscaras que por vezes usava para não demonstrar o que eu sentia pelos outros, para não revelar sinal de fraqueza, para não haver ali qualquer possível "dependência". Porque eu sou eu e jamais iria andar a "reboque" de um homem, isso é para as fracas. Demorei muito a aprender que não ganhava nada em ser assim - orgulhosa - muito pelo contrário. Demorei muito a conseguir demonstrar os meus sentimentos pelos outros de forma aberta e desinteressada. Mas consegui.
Nestes últimos tempos, aprendi a dizer tudo aquilo que eu sinto, sem medos. E, apesar de já me ter sentido por duas ou três vezes uma garota perdida, a verdade é que tudo isto tem sido muito bom.
Preciso urgentemente de um cozinheiro destes.
Alguém sabe onde posso arranjar um?
 


meu caro estranho,
nossa estranheza nos levou à cama

e seguimos nos desconhecendo
não perguntei de onde vieram tuas cicatrizes
e não me perguntaste se eu já havia usado o cabelo mais curto
simplesmente nos beijamos e dispensamos todos os porquês
fui uma mulher qualquer e fostes mais um homem
e se esse descompromisso não merece ser chamado de amor
ainda assim não carece ser desfeito e esquecido

meu caro estranho,
mesmo nos amores não há nada muito além disso




domingo, 11 de abril de 2010

Porque todas tivemos, temos ou queremos um Mr. Big nas nossas vidas.
O que é que é isso Diva?!

















Nicole Kidman e Keith Urban


Ele até pode ser uma jóia de moço.
Eu acredito que seja.
Não é isso que está em causa.
Pode fazer a Nicolzita muito, muito feliz (mesmo parecendo o seu porta-chaves).
Mas aquelas madeixas...
O que leva um homem a fazer madeixas?
Alguém me explica.




Pior só mesmo os implantes capilares do Jonh Travolta


























Que Brad Pit que nada...
O Javier, sim, mexe (e muito) com as meus hormonios.
Adoro aquelas feições grosseiras e aquela masculinidade exagerada.



Nham...nham...nham...





















domingo, 4 de abril de 2010



"Toda mulher é doida. Impossível não ser. A gente nasce com um dispositivo interno que nos informa desde cedo que, sem amor, a vida não vale a pena ser vivida, e dá-lhe usar nosso poder de sedução para encontrar "the big one", aquele que será inteligente, másculo, se importará com nossos sentimentos e não nos deixará na mão jamais... Uma tarefa que dá para ocupar uma vida, não é mesmo?





Eu só conheço mulher louca. Pense em qualquer uma que você conhece e me diga se ela não tem ao menos três dessas qualificações: exagerada, dramática, verborrágica, maníaca, fantasiosa, apaixonada, delirante. Pois então. Também é louca. E fascinante.




Nossa insanidade tem nome: chama-se Vontade de Viver até a Última Gota. Só as cansadas é que se recusam a levantar da cadeira para ver quem está chamando lá fora. E santa, fica combinado, não existe. Uma mulher que só reze, que tenha desistido dos prazeres da inquietude, que não deseje mais nada? Você vai concordar comigo: só sendo louca de pedra."






Trecho da crônica "Doidas e Santas"


(Martha Medeiros)