terça-feira, 30 de novembro de 2010

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

"Sou dessa leva de gente que tem como sina ver demais. Sentir demais. Amar quase do tamanho do amor. Traço de nascença, uma estranha dádiva que, durante temporadas, pra facilitar a própria vida, egoísmo que seja, a gente tenta disfarçar de tudo que é maneira que aprende. Mas não tem jeito, nunca terá, nascer assim é irremediável, o que é preciso é desaprender o medo.

Por tudo o que é mais sagrado nesse mundo e em quaisquer outros que não tenho certeza se existem, mas suspeito, muitas vezes eu desejei não ver tanto. Criança, quando senti isso sem saber palavras, inventei minha miopia. Não adiantou: o encurtamento dos olhos é só do lado de fora, por dentro eu vejo muito comprido. Alguns sentem vida, sentem beleza, sentem amor, com doses de conta-gotas. Eu, não: é uma chuvarada dentro de mim.

Que os sensíveis sejam também protegidos. Que sejam protegidos todos os que veem muito além das aparências. Todos os que ouvem bem pra lá de qualquer palavra. Todos os que bordam maciez no tecido áspero do cotidiano".

terça-feira, 23 de novembro de 2010

"Quer saber o que eu penso? Você aguentaria conhecer minha verdade? Pois tome. Prove. Sinta. Eu tenho preguiça de quem não comete erros. Tenho profundo sono de quem prefere o morno. Eu gosto do risco. Dos que arriscam. Tenho admiração nata por quem segue o coração. Eu acredito nas pessoas livres. Liberdade de ser. Coragem boa de se mostrar. Dar a cara a tapa! Ser louca, estranha, chata! Eu sou assim. Tenho um milhão de defeitos. Sou volúvel. Sou viciada em gente. Adoro ficar sozinha. Mas eu vivo para sentir. Por isso, eu te peço. Me provoque. Me beije a boca. Me desafie. Me tire do sério. Me tire do tédio. Vire meu mundo do avesso! Mas, pelo amor de Deus, me faça sentir... Um beliscãozinho que for, me dê. Eu quero rir até a barriga doer. Chorar e ficar com cara de sapo. Este é o 
meu alimento: palavras para uma alma com fome. " 

quarta-feira, 17 de novembro de 2010



".. A senhora me desculpe, mas no momento não tenho muita certeza. 
Quer dizer, eu sabia quem eu era quando acordei hoje de manhã, mas já 
mudei uma porção de vezes desde que isso aconteceu. (...) Receio que não possa me explicar, Dona Lagarta, porque é justamente aí que está o 
problema. Posso explicar uma porção de coisas mas não posso explicar a mim mesma..."
(Alice no País das Maravilhas)

sábado, 13 de novembro de 2010

Madonna - Cherish



Madonna no seu melhor estilo, sem exageros e caras e bocas...adoro essa música, me acalma....

Flamenco guitar and dance