quinta-feira, 3 de junho de 2010



Achei coisas perdidas. E se achei, perdidas não mais estão. Volta e meia acho um papel solto, um pedacinho de folha rasgada, frases em caderninhos e cadernetas. Quer me ver feliz? Então me dê caderninhos, bloquinhos, frufruzinhos e canetas. Sou tarada por essas coisiquinhas. Escrevo por tudo e vou largando por aí. Mas eu encontrei um pedacinho de papel que dizia assim "não sei lidar com isso agora, não me peça para tentar". Não lembro quando nem como nem o motivo, mas a letra me pertence e o papel parece ser meio antiguinho.



Isso me fez pensar em tentativa e erro. É tentando que a gente acerta, é errando que uma hora se chega no lugar que queria. Tem coisa mais auto-ajuda que isso? Mas é a mais insana verdade, o que me leva a crer que a vida é a soma de frases de auto-ajuda. Quando alguém está mal a gente se pega dizendo calma-tudo-vai-melhorar. Quando passamos por um problema tudo-vai-dar-certo. Quando queremos muito uma coisa, por mais que a gente não pertença a nenhuma religião, lá estamos nós de terço na mão e oração na boca. Somos contraditórios.


Se nem eu consigo entender o que é meu, não vou pedir para que você entenda. Se volta e meia não consigo lidar com meus sentimentos, não vou exigir que você lide. Não quero ser ingrata e colocar no seu colo o que me pertence. Inclusive a minha imaginação, que é poderosa. Por isso, de fininho, me retiro do ambiente. E vou pro canto pensar nas coisas que eu preciso lidar, mas esqueci de lembrar.






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